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O consumidor brasileiro continua otimista, o que sinaliza vendas favoráveis na época do Natal deste ano. O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)/Ipsos alcançou 153 pontos em setembro ante 135 pontos apurados em igual mês de 2009.

"O comércio está feliz com esse resultado que mostra que a confiança do consumidor está acima de 2009 e está se mantendo nesse nível. Esse é um bom indicador de que neste ano teremos um dos melhores Natais da década", afirmou o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.

Outro dado positivo recai sobre o fato de que o universo de pessoas dispostas a adquirir eletrodomésticos subiu para 47% no mês passado, ante 46% dos entrevistados em agosto. 
Já a parcela dos menos propensos (26%) manteve-se  estável em igual período de comparação, de acordo com os dados do indicador.

Vale destacar também que em relação ao futuro, a confiança do consumidor melhorou. O grupo dos que acreditam que a economia irá se fortalecer aumentou para 45% em setembro, ante 44% no oitavo mês deste ano. Além disso, a parcela de brasileiros que acha que a situação econômica brasileira ficará mais fraca apresentou recuou de 11%, no mês de agosto, para 9%.

Classe média – Entre os pesquisados, a classe C continua a liderar o otimismo, com 164 pontos, seguida pela população dos estratos A/B com 150 pontos e, finalmente, as classes D/E com 129 pontos.

Por regiões do País, a Norte/Centro-Oeste permanece como a mais confiante, com 181 pontos. Na sequência, estão a Sul com 169 pontos e a região Nordeste com 125 pontos, tradicionalmente a menos otimista.

"Esse placar continua muito favorável, inclusive, na condição financeira pessoal. No mês de setembro, avançou para 55% o universo dos entrevistados (ante 54% em agosto) dos que mantêm a percepção de que sua situação financeira tende a melhorar nos próximos seis meses", disse o economista do IEGV, Emilio Alfieri.

Flutuação – Ele, no entanto, fez uma ressalva de que o ligeiro recuo do Índice de Confiança em relação a agosto, quando atingiu 155 pontos, não se trata de um declínio, mas de "uma flutuação dentro da margem de erro da pesquisa que é de três pontos percentuais."

Em relação ao universo daqueles que acreditam que a sua situação financeira irá piorar nos próximos seis meses – 8% em setembro ante 7% em agosto – o economista da Associação Comercial afirmou que isso sinaliza maior cautela do consumidor em relação aos rumos da política econômica brasileira no próximo ano diante da troca de governo.

Metodologia – O levantamento nacional ACSP/Ipsos realiza 1 mil entrevistas domiciliares por mês, em nove regiões metropolitanas e 70 cidades do interior do País. O INC da ACSP/Ipsos varia de zero a 200 pontos, sendo que acima de 100 é considerado otimismo e abaixo desse patamar é avaliado como pessimismo.