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Juros futuros fecham em alta, com perspectivas de ajuste menores na taxa Selic

O cenário internacional também contribui para a percepção de que o Copom prefira abreviar o ciclo de cortes da Selic.

Fonte: InfoMoney

As principais taxas dos contratos de juros futuros fecharam em alta nesta terça-feira (17), na BM&F. O mercado refletiu o início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá os rumos da política monetária nacional. Apesar do consenso de mercado apontar para um recuo de 0,50 ponto percentual no patamar da taxa Selic, as expectativas são de ajustes mais suaves na taxa para as próximas reuniões.

De acordo com os analistas de mercado, o Copom irá realizar cortes na taxa básica de juros nos próximos três encontros, levando a taxa de juros a um patamar de 9,5% ao ano até abril. Porém, segundo a LCA Consultores, há "chances crescentes de que o ciclo de cortes em curso venha a ser interrompido antes disso". Essa visão é compartilhada por André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, que acredita em menores cortes e uma taxa mais alta no longo prazo.

As declarações dos dirigentes do BC já haviam enfraquecido as apostas numa intensificação no ritmo de afrouxamento da política monetária, avalia a LCA. O cenário internacional também contribui para a percepção de que o Copom prefira abreviar o ciclo de cortes da Selic.

As estatísticas domésticas, com a recuperação do IBC-Br (Índice Mensal de Atividade do BC), a aceleração do crédito ao consumidor, além do cumprimento apertado da meta de inflação de 2011, o efeito da alta do salário mínimo sobre o consumo e as incertezas sobre a contenção orçamentária a ser proposta pelo governo, também levam essa percepção de uma queda mais suave para a taxa de juro nacional.

Indicadores econômicos
Na agenda de indicadores do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IGP-10 (Índice Geral de Preços) de janeiro que registrou inflação de 0,08%, resultado 0,11 ponto percentual menor que o apurado em dezembro, quando marcou 0,19%. O grupo IPA (Índice de Preços por Atacado) apontou deflação de 0,27%, em janeiro. Em dezembro, a variação foi de -0,03%. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em janeiro, alta de 0,43%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,53%.

Cenário internacional
O mercado também repercutiu positivamente o crescimento de 9,2% do PIB (Produto Interno Bruto) chinês em 2011, número que superou as expectativas dos economistas. Já na Zona do Euro, o mercado não parece ter sido tão afetado pelo corte do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) pela Standard & Poor's. Nesta terça-feira, o governo da Espanha vendeu € 4,88 bilhões em títulos públicos de curto prazo, pouco abaixo do máximo previsto, mas pagando juros inferiores ao da última emissão do mesmo tipo e com uma demanda maior.

Contrato de janeiro de 2013 fechou com taxa de 10,06%
O contrato de juros de maior liquidez nesta terça-feira, com vencimento em janeiro de 2013, registrou uma taxa de 10,06%, 0,04  ponto percentual acima do fechamento de segunda-feira.